Dados do IBGE
apontam que entre 1970 e 2019 houve um acréscimo de 580,5 mil pessoas ao total
de habitantes da capital paraibana
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Proporção de apartamentos tem crescido gradualmente - Foto: Jornal Correio |
A população de João Pessoa cresceu 254,2% em 49 anos, passando de 228,4 mil pessoas em 1970, segundo o censo demográfico da época, para 809 mil em 2019, conforme a estimativa da população do ano. Os resultados de levantamentos realizados foram comparados pela unidade estadual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Paraíba, em homenagem ao aniversário de 435 anos da Capital, comemorado na próxima quarta-feira (5).
Já no período de
99 anos, frente ao total de habitantes constatado em 1920 – cerca de 52,9 mil
pessoas – o crescimento foi de mais de 1.500%. As primeiras informações que o
IBGE tem sobre o tamanho da população pessoense datam de 1872, quando havia
cerca de 25 mil pessoas no município, segundo os registros. A partir de 1940,
esses dados começaram a ser coletados a cada dez anos, por meio dos censos
demográficos.
A participação
da população de João Pessoa no total da Paraíba também cresceu ao longo dos
anos. Em 1940, esse grupo representava 6,6 %, em 1980 passou para 12,1%, em
2010 para 19,2% e em 2019 atingiu 20,2%.
Perfil dos
moradores
Em relação ao
perfil dos moradores da capital paraibana, mais da metade das pessoas (58%) se
autodeclaram como pardas, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (PNAD C) Anual, de 2019, enquanto outros 31,8% se
consideram brancos, e 8,6% pretos. No comparativo entre sexos, a maioria da
população é composta por mulheres, que representam 54,1% do total.
No que diz
respeito à estrutura etária, cerca de 60,8% dos habitantes de João Pessoa
tinham de 18 a 59 anos, em 2019. Crianças e adolescentes de 0 a 17 anos
compunham 23,4% da população, proporção essa que tem diminuído, como aponta a
redução de 3,7 pontos observada quando se compara ao resultado de 2012 (27,1%).
Em contrapartida, a participação das pessoas de 60 anos ou mais tem aumentado,
passando de 12%, em 2012, para 15,8%, em 2019.
Condições de
moradia em João Pessoa
Embora casas
ainda sejam maioria no total de domicílios pessoenses, o percentual estimado
tem recuado nos últimos anos, diminuindo de 69,9%, em 2016, para 66,1% em 2019,
ao passo que a proporção de apartamentos tem crescido gradualmente, aumentando
de 30% para 33,7%, no mesmo período.
Em 2019, em João
Pessoa, de acordo com a PNAD C, havia em média três moradores por domicílio. A
pesquisa indica ainda que cerca de 29% das residências tinham dois moradores,
25% tinham três, 18,9% tinham quatro, enquanto 14,1% eram habitadas por apenas
uma pessoa. Outros 8,5% contavam com cinco habitantes e 4,5% tinham seis ou
mais. Frente a 2012, as únicas categorias que cresceram foram as de um e dois
moradores, ao passo que as demais têm registrado reduções.
Nesse aspecto, o
levantamento também aponta que houve um crescimento no número de unidades
unipessoais, ou seja, residências em que apenas uma pessoa morava. O
percentual, que era de 11,2% em 2012, alcançou 14,1% em 2019.
Em quase 50% dos
domicílios, algum morador tinha carro, em 17,5% tinha motocicleta e em 7,8%
tinha os dois veículos, segundo a pesquisa, que também investiga a posse de
bens. O levantamento identificou ainda que em 99,3% das moradias havia
geladeira e em 69,4% existia máquina de lavar roupa.
A rede geral ou
pluvial era o tipo de esgotamento sanitário mais comum entre as residências da
capital paraibana, utilizada por 65,3% delas, seguida pela fossa séptica não
ligada à rede (25,6%) e pela fossa séptica ligada à rede (7,6%). Cerca de 1,5% dos
domicílios tinha outro tipo de esgotamento, como vala, fossa rudimentar, rio,
lago, mar ou outras formas de escoadouro. Em relação ao destino do lixo, na
maioria dos domicílios (97,8%) a coleta ocorria diretamente por serviço de
limpeza, enquanto em 2,1% era feita em caçamba de serviço de limpeza.
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