A última taça havia sido conquistada justamente com Vanderlei Luxemburgo no comando, em 2008, que agora volta a se sagrar campeão pelo clube alviverde
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Vitória encerra jejum de 12 anos na decisão estadual - Foto: Reprodução |
O Palmeiras venceu o Corinthians neste sábado (8), nos pênaltis, e conquistou o título do Campeonato Paulista, encerrando um jejum de 12 anos sem conquistar o Estadual.
A última
taça havia sido conquistada justamente com Vanderlei Luxemburgo no comando, em
2008, que agora volta a se sagrar campeão pelo clube alviverde. Além do próprio
jejum, o time carregava a marca incômoda de ter sido derrotado pelo rival nas
últimas três decisões do torneio, em 2018, 1999 e 1995.
Nas
arquibancadas, mosaicos de Luxemburgo e do atacante Evair, campeões em 1993 na
última vez até então que os palmeirenses tinham superado o Corinthians em uma
decisão estadual. A lembrança de mais de duas décadas montou o cenário, ainda
que melancólico pela falta da torcida, para exorcizar o período sem gritar
"é campeão!" em um dérbi.
Luiz Adriano,
que não é Evair, subiu como um legítimo camisa 9 — apesar de vestir a
10 — para marcar de cabeça o gol do título, seu primeiro no clube.
Contratado
no ano passado, o atacante dá um sinal a Luxemburgo e à torcida de que poderá
ter mais protagonismo na equipe, especialmente depois da saída do ídolo Dudu,
emprestado pelo clube após ser acusado de agressão pela ex-esposa.
O primeiro
tempo começou com afagos entre Viña e Fagner, que trocaram chegadas mais duras
com apenas quatro minutos de jogo. A rispidez dos primeiros minutos evocou a
lembrança não muito agradável da partida de ida, mais falada e brigada do que
jogada.
Mas o
Palmeiras, que teve Willian titular no ataque na vaga de Rony, ganhou em
construção de jogo por dentro, diminuiu o número de bolas longas com relação ao
duelo de quarta e chegou a incomodar no início o Corinthians, que teve
dificuldades para sair da pressão palmeirense.
Foi dos pés
de Willian a principal chance da primeira etapa. Luiz Adriano recuou até a
intermediária e enfiou em profundidade para Zé Rafael, que invadiu a área pela
esquerda e, mesmo após se enrolar com a bola, conseguiu cruzar. Da pequena
área, Willian chutou forte e parou no corpo de Cássio, que salvou a equipe
corintiana.
O goleiro do
Corinthians parece ser dos poucos de sua posição que não sentiu muito os
efeitos da inatividade durante a pandemia. Aliás, foi por conta de falhas
decisivas de goleiros que o time do técnico Tiago Nunes chegou à decisão.
Mesmo o
palmeirense Weverton, com atuação importante no jogo de ida da final, falhou
logo no primeiro jogo da retomada do Paulista, justamente no dérbi, em
Itaquera, que teve Cássio como principal nome.
Para o
segundo tempo, Luxemburgo procurou dar mais profundidade ao ataque do Palmeiras
trocando Ramires por Rony. Bruno Henrique entrou no lugar de Gabriel Menino e
Zé Rafael, que era atacante, passou a compor o meio.
Quem também
buscou dar mais profundidade para tentar ganhar um pouco de presença no ataque
foi Tiago Nunes, que trocou Mateus Vital por Everaldo, que atua mais pelo lado
de campo e aposta na velocidade.
Logo aos 3
minutos da etapa final, o uruguaio Matías Viña recebeu na esquerda e, com muita
liberdade, cruzou milimetricamente para Luiz Adriano. O camisa 10 alviverde
saltou sobre Danilo Avelar e testou firme para abrir o placar.
Descontente
com a falta de criação de sua equipe, Tiago Nunes sacou Gabriel, amarelado,
para colocar Víctor Cantillo, que em condições normais provavelmente seria
titular no Corinthians desde a volta do campeonato. Contudo, o colombiano foi
infectado pela Covid-19 e só estreou no Paulista na partida de ida da final.
Sem
conseguir melhorar a geração de jogo por baixo, o Corinthians passou a buscar a
área palmeirense pelo alto. Felipe Melo e Gustavo Gómez, atentos, conseguiram
manter o perigo longe da meta de Weverton.
O paraguaio,
inclusive, fazia jogo impecável até os últimos segundos de jogo. Sidcley cruzou
da esquerda, Jô conseguiu dominar na grande área e Gómez, de carrinho, derrubou
o centroavante no lance final da partida. Pênalti anotado por Luiz Flávio de
Oliveira.
Jô, em sua
terceira passagem pelo clube e que reestreou com a camisa do Corinthians há
poucas semanas, foi para a cobrança e bateu, rasteiro, para deixar tudo igual e
levar a decisão para as penalidades máximas.
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