Integrantes de
rede latino-americana, cientistas defendem sociedade mais pacífica
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Foto: Imagem ilustrativa/Divulgação/Josué Damacena (IOC/Fiocruz) |
Pesquisadores do
Grupo de Estudos para Paz, Ética e Relações Internacionais da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) atuam na rede latino-americana Una Nueva Normalidad
para dialogar sobre a efetivação de novas formas da existência humana após a
pandemia da Covid-19.
Motivada por
pesquisadores do Instituto Universitario en Democracia, Paz y Seguridad
(Honduras), do Global Unity Sumak Kausay AC (México) e do Centro Internacional
de Estudios sobre Democracia y Paz Social (Argentina), “Uma nova normalidade” é
uma campanha para a paz e destaca críticas sobre “as formas de normalidade”
antes do início da doença.
Conforme a rede,
a Covid-19 tem acentuado a precariedade de sistemas de saúde, as desigualdades
sociais e a degradação ambiental. Diante do novo coronavírus (Sars-CoV-2),
revelou-se a necessidade de estabelecer um novo marco civilizatório. O intuito
dos pesquisadores é estimular o compromisso do cidadão com a construção
participativa de uma nova sociedade, por meio de conscientização e reflexão
coletiva.
Segundo o
coordenador do grupo da UFPB, professor Marcos Alan Ferreira, a iniciativa
surgiu a partir do Conselho Latino-Americano de Investigações para a Paz
(Claip) neste período de quarentena e uma das prerrogativas é entender como
será possível construir uma sociedade mais pacífica.
“Esse período da
pandemia e isolamento social fez com que muitas pessoas parassem para refletir
sobre suas vidas. Pensar ‘que normalidade queremos’ é inevitável. Esperamos
gerar essa reflexão sobre o que pode ser mudado depois desse período e não só
lamentar pelo que tem ocorrido”, argumenta o professor.
“Respeitar a
natureza e os outros são reflexões que o projeto busca trazer. A pandemia
evidenciou essa necessidade para a existência humana. Teremos atividades em
toda a América Latina para discutir sobre ‘novas normalidades’. Deveremos, após
a quarentena, atuar junto às escolas com projetos que possam concretizar
espaços de reflexão para o processo educacional dos estudantes”, almeja Marcos
Alan.
O professor da
UFPB destaca que, além de pesquisadores da América Latina, o projeto conta com
a presença de especialistas como Boaventura de Sousa Santos, sociólogo
português que evidencia, na obra “A cruel pedagogia do vírus”, como a
quarentena tem tornado mais visíveis a injustiça, a discriminação, a exclusão social
e o sofrimento injusto.
Para a rede da
Una Nueva Normalidad, diante da crise global atual, é necessário “unir-se num
só movimento para criar uma nova normalidade. Não queremos voltar ao que já
conhecemos, queremos refletir sobre o que é justo e necessário em nossa
realidade para todos e todas – e criá-la”, endossam os pesquisadores.
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