O músico revela
ter abandonado seu último vício depois de superar a doença
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Dinho Outro Preto diz que agora está "limpo" - Foto: reprodução/ instragram |
Dinho Ouro Preto foi um dos primeiros famosos a ser diagnosticado com a Covid-19. Hoje recuperado, o vocalista do Capital Inicial, de 56 anos, diz viver um novo momento da vida, "limpo", como ele mesmo diz. O músico revela ter abandonado seu último vício depois de superar a doença.
"Deixei
para trás a cocaína há quinze anos, parei com o cigarro há dez e estou sem
beber há três. E sabe o que mais? Vai parecer maluquice, mas estou há três
semanas sem tomar Rivotril. Um hábito horrível que adquiri durante as rotinas
insanas de viagens sem dormir. A Covid-19 me ajudou nisso: só consegui me
livrar quando parei minha rotina totalmente. Era a última substância que eu
precisava largar. Agora posso dizer que estou limpo", diz Dinho em
depoimento à "Veja".
Dinho Ouro Preto
relata também quais foram os sintomas enquanto esteve doente. "Parece um
afogamento seco", resume ele. Apesar de estar em forma ("Corro todos
os dias"), ele temeu por complicações:
"O ciclo do
vírus no meu corpo foi de 28 dias ininterruptos de febre. Começava em torno das
18 horas. Eu tomava um comprimido de analgésico e desmaiava. No meio da
madrugada, o efeito passava, a febre voltava, eu tomava outro comprimido e
tornava a dormir. Acordava pela manhã com o corpo dolorido, sem vontade de sair
da cama. Ficava assim até o ciclo se reiniciar mais uma vez. Eu me sentia um
mero espectador da batalha que meu organismo travava contra o vírus. Sem poder
fazer nada, apenas torcia para que minhas defesas fossem fortes o suficiente
para matar o vírus.. No nono dia, clímax da doença, temi por complicações.
Comecei a ter falta de ar, uma sensação de estar me sufocando. Você tenta sugar
o ar, mas ele não chega a seus órgãos. Parece um afogamento seco. Felizmente,
tão rápido quanto apareceu, a infecção saiu do meu corpo. Só fiquei totalmente
rouco por um bom tempo. Demorei mais de um mês para conseguir cantar".
De todas as
doença que teve, o roqueiro diz que a Covid-19 foi a pior. Ele já teve gripe
suína e dengue: "Nada se compara ao que senti nas semanas em que estive
doente. Nunca peguei algo tão forte como esse vírus".
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