Orientação é
seguir o que determina o Ministério da Saúde e que vale para toda população
![]() |
Gestantes fazem pate do grupo de risco - Foto: Marcos Santos/USP Imagens |
O Ministério da
Saúde incluiu gestantes e mulheres que deram à luz até 45 dias no grupo de
risco para o novo coronavírus. Antes, apenas gestantes de alto risco estavam
entre os mais vulneráveis para evoluir para quadros graves. O médico
ginecologista e obstetra, Romeu Menezes Neto, destaca que essas mulheres devem
ter cuidados redobrados, com atenção especial a medidas de higiene e reforço do
isolamento social.
A surpresa por
ingressar no grupo de risco vem acompanhada do medo pelo desconhecido, assim
como é para muitas pessoas estejam elas no grupo de risco ou não. “Tenho medo,
pois como é uma doença nova o receio é contrair e assim transferir para o bebê,
até porque não existe um estudo preciso sobre o assunto ainda”, explica a
autônoma Mayara Nascimento, que está com 16 semanas de gestação e parto
previsto para setembro deste ano.
Apesar do
receio, Mayara assegura que está tomando as recomendações passadas pelo Ministério
da Saúde. “Sempre que preciso sair para realizar algum exame ou para as
consulta de pré-natal, faço uso de máscaras e mantenho distância. Se o local
tiver lavabo, lavo sempre as mãos com água e sabão, caso contrário, uso álcool
em gel”, afirma.
A dona de casa
Juliana Rodrigues também se encontra no grupo de risco, ela teve seu bebê há 14
dias e é mãe pela terceira vez. Apesar de no âmbito da maternidade a dona de
casa ter mais experiência que a autônoma, quando o assunto é Covid-19, não tem
conhecimento que não provoque receio pelos danos que a doença pode causar. “Meu
medo maior é pelos meus três filhos, então o que eu puder fazer para
preservá-los, farei. Primeiramente tenho evitado sair de casa, não estou
recebendo visitas e sempre higienizo as mãos”, assegura Juliana.
Seja para
Juliana ou para Mayara, o médico ginecologista e obstetra do Hapvida, Romeu
Menezes, afirma que em relação aos cuidados para combater à Covid-19 a
orientação é seguir o que determina o Ministério da Saúde e que vale para toda
população. “Cuidados com higiene, lavar as mãos com sabão, uso do álcool em gel
na ausência de água e sabão, evitar levar às mãos ao nariz, boca e olhos e o
principal, que é obedecer o distanciamento social”, ressalta.
O obstetra
destaca que no caso de Juliana e tantas outras mulheres que se encontram no
puerpério esses cuidados devem ser redobrados. “Isso porque após o parto as
mulheres ficam mais propensas a ter complicações graves com a Covid-19”,
reforça. Além disso, o médico lembra que gestantes que tiveram ou têm alguma
comorbidade a mais, como asma, hipertensão, diabetes ou doenças crônicas, e
gestantes no terceiro trimestre devem redobrar os cuidados, pois se enquadram
em grupo de risco maior.
Saiba mais sobre cuidados com gestantes
As gestantes e
puérperas foram incluídas no grupo de risco para Covid-19 por meio de uma
determinação do Ministério da Saúde que, segundo informações da pasta, as
mulheres que se enquadram nesse perfil estão mais vulneráveis aos efeitos da
doença ocasionada pelo coronavírus. Não existem estudos conclusivos acerca da
comprovação de um perigo maior da Covid-19 para grávidas e puerpérias, mas a
decisão foi tomada levando em consideração a ação de outros coronavírus e vírus
gripais já conhecidos e estudados anteriormente.
Dados
O Brasil
registrou, na cidade do Recife, em Pernambuco, a primeira morte de mulher
grávida pela Covid-19 no último dia 5 de abril. Porém, um dia antes foi
realizado um parto de emergência para retirado do bebê segue internado. A mãe
da criança era uma mulher de 33 anos, que estava gestante de 32 semanas quando
acometida pela doença causada pelo coronavírus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário