Na semana passada, o governo de São Paulo,
Estado mais afetado pela doença, prorrogou as restrições ao comércio até 10 de
maio
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© Reuters |
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (20) que espera
chegar ao fim da quarentena em razão do novo coronavírus já nesta semana. O
presidente voltou a citar as medidas de isolamento social adotados por
governadores e prefeitos como ações "excessivas" em alguns Estados e
que "não atingiram seu objetivo".
Na semana
passada, o governo de São Paulo, Estado mais afetado pela doença, prorrogou as
restrições ao comércio até 10 de maio. A determinação vale para todos os 645
municípios do Estado. Pernambuco também prorrogou as medidas de distanciamento
até 30 de abril. Já o governo do Distrito Federal estuda uma reabertura do
comércio a partir do dia 3 de maio, mas deve manter as escolas fechadas até 31
de maio.
"Dá para recuperar o Brasil ainda. Eu espero que
essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus,
todo mundo em casa. A massa não tem como ficar em casa, porque a geladeira está
vazia", afirmou o presidente.
Como tem repetido nos últimos dias, Bolsonaro destacou
que 70% da população será contaminada pelo vírus. Ele também voltou a destacar
os efeitos da pandemia na economia brasileira.
"A situação econômica do Brasil está se agravando,
cada ponto porcentual de decrescimento para o Brasil, ou cada ponto porcentual
de mais desemprego, a consequência é a violência, o caos, são mortes, a fome, a
desgraça, tudo que está aí", declarou na manhã desta segunda-feira ao sair
do Palácio do Alvorada.
O presidente disse ainda que conduz o País de acordo com
os interesses da população e fez menção à demissão de Luiz Henrique Mandetta,
ex-ministro da Saúde, que defendia as ações de isolamento. "Se tiver que
demitir qualquer ministro, demito", disse. E acrescentou que a fala não
era uma ameaça: "não tem ameaça da minha parte, mas se ele desviar daquilo
que eu prometi durante a pré-campanha e a campanha, lamentavelmente, ele está
no governo errado, vai para outro barco, vai tentar em 22 (2022, ano de
eleição)."
Bolsonaro afirmou que foi contrário a editar decreto com
a previsão de multa para quem estivesse na rua contrariando orientações
sanitárias. Segundo ele, as pessoas continuam nas ruas pois estão em busca de
trabalho. O chefe do Executivo enfatizou ainda ser a favor da liberdade do povo
brasileiro e da liberdade de expressão.
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