Investigações são da Polícia Federal do estado do Paraná. Detalhes da
participação do investigado na Paraíba não foram divulgados
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Polícia Federal cumpre ordens judiciais em 9 estados (Foto: Imagem ilustrativa/Tomaz Silva/Agência Brasil) |
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (5), mandados de
busca e apreensão em Bayeux, na Grande João Pessoa, relativos à Operação Gun
Express, que investiga um esquema de tráfico internacional de armas de fogo,
acessórios e munições. As investigações são da equipe do estado do Paraná.
No total,
foram expedidos 62 ordens de busca e apreensão e 10 mandados de prisão
preventiva, a serem cumpridos no Paraná, Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo,
Paraíba, Sergipe, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Além
disso, são executados 27 bloqueios judiciais de contas bancárias e aplicações
financeiras, bem como sequestro e arresto de bens de 26 pessoas físicas e uma
pessoa jurídica, além da constrição judicial de 10 veículos em nome de
terceiros. Foram decretadas ainda seis medidas cautelares diversas da prisão
para outras pessoas envolvidas na investigação.
Vinte e oito
pessoas serão indiciadas pela prática do crime de tráfico internacional de
armas de fogo, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade
ideológica.
Esquema
apurado na Gun Express
A
investigação começou no primeiro semestre de 2018, quando a Polícia Federal no
Paraná descobriu que armas de fogo estariam sendo remetidas pelos Correios,
escondidas dentro de equipamentos de treino para artes marciais, como
aparadores de chute, luvas e caneleiras. Em alguns estados do Nordeste, tanques
de combustíveis eram usados para o transporte do material. Os principais
destinos seriam, segundo as apurações, os estados da Bahia e do Rio Grande do
Norte.
Um grupo
composto por pessoas do Paraná, Bahia e Rio Grande do Norte foi identificado
pela Polícia Federal. O bando atuava em associação na importação, guarda,
remessa e transporte de armas de fogo, acessórios e munições. A estimativa
é de que ele tenha remetido e transportado, desde o ano de 2016, mais de 300
armas de fogo. O investimento da quadrilha na compra do armamento pela
quadrilha gira em torno de R$ 2 milhões. Parte do pagamento das armas era feito
por intermédio de empresas de fachada controladas por suspeitos da Bahia e do
Rio Grande do Norte para dar aparência lícita aos repasses financeiros feitos
pelo sistema de transferências bancárias.
A Polícia
Federal não divulgou qual seria a participação do investigado em Bayeux no
esquema.
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