No dia 4 de março de 1945, os olhares de Cirilo, na época com 23 anos, e
Geninha, 18 anos, se cruzaram diante do altar de uma igrejinha na cidade de
Pedra Lavrada
![]() |
Carinho de Cirilo na esposa (Foto: Arquivo da Família) |
Bodas de prata são 25 anos de casados. De ouro, 50 anos. E bodas de
brilhante? O casal de idosos Silvestre José Dantas (Cirilo) e Efigênia Rosa
Dantas (Geninha), moradores da cidade de Nova Palmeira, região do Seridó
Paraibano, sabe bem. A união deles dura incríveis 75 anos.
No dia 4 de março de 1945, os olhares de Cirilo, na época com 23 anos, e
Geninha, 18 anos, se cruzaram diante do altar de uma igrejinha na cidade de
Pedra Lavrada. O responsável pelo matrimônio, o padre Apolônio, proferiu a
expressão: “até que a morte os separe”, frase que perpetuou a relação do casal.
“Lembro-me como se fosse hoje. A festa de casamento que a gente teve foi
simples, apenas um almoço com farofa d’água e carne assada, na casa do finado
Antônio Izaia. A tarde voltamos para nossa casa, na Corujinha, município de
Nova Palmeira, e encontramos um frango torrado esperando para que a gente
pudesse jantar”, lembra Geninha.
Por volta de 1978, a linda
história de amor, cumplicidade, união e companheirismo mudou de
ares, tendo Cirilo e Geninha migrado para Nova Palmeira, levando junto toda a
sua família. Na cidade construíram amigos, educaram as filhas, colocaram para
trabalhar os filhos, moldando as suas vidas.
Em 1980, o patriarca com a ajuda de sua esposa, deu forma a
sua chamada “bodega”, se tornando um excelente padeiro. Deste ponto, escalou
vários outros, sempre ao lado da companheira, não chegando a ser um rico
comerciante, mas um honesto trabalhador.
Do amor dos dois,
nasceram nove filhos, 23 netos, 29 bisnetos e um tataraneto.
Atualmente, o casal mora com uma de suas filhas, porém contando com o
apoio de cuidadores, e com a família seguidamente se fazendo
presente.
Agricultor e
minerador na juventude, Cirilo, agora com 98 anos, é o precursor do carnaval de Nova
Palmeira, admirador incansável do frevo, da sanfona, do batuque, dos enfeites e
adereços coloridos, das danças animadas, da música alegre, do inesquecível
“panranranran, panranranran, panranranran, panranranran” da batucada que faz
dançar as ruas.
Agricultora em sua mocidade, Geninha no auge dos seus 93 anos, guarda
sempre um sorriso espontâneo no rosto. Muito ativa, ela ainda lembra
precisamente de datas que marcaram a sua vida, do seu companheiro e dos filhos.
A receita para que
o amor ultrapasse sete décadas parece simples. Mas vem do coração. Um cuidando
do outro, sempre se dando bem e com um semblante de uma eterna alegria de
viver.
Blog
NP / Conecta PB
Nenhum comentário:
Postar um comentário