Em todo o ano de 2019, o MDR investiu mais de R$ 2 bilhões em obras e
ações que vão garantir a segurança hídrica da população no país
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Transposição do Rio São Francisco (Foto: Divulgação/MPF) |
O Eixo Norte
da Transposição do São Francisco, que abastece o Sertão da Paraíba, tem 260 km
e está 97% concluído. Além da Paraíba, essa parte da obra leva água para os
estados de Pernambuco, Ceará, e Rio Grande do Norte.
Em 2019, o
trecho recebeu R$ 356,9 milhões do MDR e as águas do rio avançaram, pela
primeira vez, em direção ao reservatório Negreiros, em Salgueiro (PE).
“Atualmente,
as águas seguem por gravidade rumo ao reservatório Milagres, localizado entre
Verdejante (PE) e Penaforte (CE). Até o final deste trimestre, será
disponibilizada ao reservatório Jati, em solo cearense. O sistema vai garantir
a segurança hídrica de mais de 4,5 milhões de pessoas nas regiões do Rio
Jaguaribe e Metropolitana de Fortaleza”, disse o ministro do Desenvolvimento
Regional, Gustavo Canuto. A Pasta não informou em quanto tempo a obra será
finalizada.
Balanço
Mais de R$
1,3 bilhão foram investidos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR)
nas obras e ações dos eixos principais do Projeto de Integração do Rio São
Francisco, em 2019. Os recursos foram concentrados principalmente na
recuperação de etapas que já apresentavam 100% de execução física, mas que
exigiram intervenções e reparos no sistema, a exemplo do Dique Negreiros, no
Eixo Norte, e da Barragem Cacimba Nova, no Eixo Leste, com objetivo de avançar
na conclusão do maior empreendimento hídrico em construção no país.
“Felizmente,
as águas do ‘Velho Chico’ voltaram a percorrer os trechos e estão seguindo rumo
aos estados que serão contemplados nos dois eixos – Norte e Leste”, disse o
ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, ao fazer um balanço das
ações realizadas no âmbito do projeto, no ano passado. O avanço da água, porém,
só foi possível após a realização de diagnósticos, serviços e reparos nas duas
estruturas – Dique 1217 e Cacimba Nova, ambos em Pernambuco – construídas,
respectivamente, entre 2013 e 2015 e no período de 2012 a 2014.
Segundo o
MDR, nos dois trechos, aproximadamente 2 mil trabalhadores atuaram intensamente
no dique e na barragem, inclusive com turnos 24 horas. No Dique 1217 no Eixo
Norte, por exemplo, parte do núcleo argiloso foi rebaixado em 10 metros para
viabilizar a injeção de cimento ao longo de toda extensão da estrutura. Foram
realizadas mais de 500 perfurações na rocha da fundação para consolidar poros e
fissuras. “Uma ação de grande complexidade, mas essencial à segurança da
população e do empreendimento. O ministério tem respeitado rigorosamente o
protocolo de enchimento estabelecido pela Agência Nacional de Águas (ANA)”,
disse Canuto.
Eixo Leste –
217 km
No Eixo
Leste, em 2019, os investimentos somaram R$ 77,3 milhões. Destinaram-se à
execução de serviços complementares de engenharia consultiva, programas
ambientais e recuperação de estruturas. Desde 2017, quando foram finalizadas as
obras para condução das águas, o Eixo Leste tem abastecido mais de 1,4 milhão
de pessoas em 46 municípios, sendo 12 em Pernambuco e 34 na Paraíba.
Em 2019, o
Governo Federal garantiu a continuidade do abastecimento dessas localidades.
Com objetivo de manter a segurança da população que mora às margens dos canais
e da estrutura, foi realizado inspeções e análises na Barragem Cacimba Nova, em
Pernambuco. Por duas vezes – em abril e agosto –, o bombeamento foi
interrompido no trecho em razão de alertas emitidos na fase de enchimento do
reservatório.
Além disso,
o Ramal do Agreste – que levará água do Eixo Leste para mais de 2,2 milhões de
habitantes em Pernambuco – contou com aporte de R$ 591 milhões da União.
Reservatórios
Os recursos
do MDR voltados ao Projeto São Francisco, em 2019, também foram investidos na
recuperação de reservatórios estratégicos para o empreendimento. Receberam
recursos da ordem de R$ 43 milhões as barragens de Curema (PB), Lima Campos
(CE), Poço da Cruz (PE), São Gonçalo (PB), Poções (PB), Barra do Juá (PE) e
Armando Ribeiro Gonçalves (RN).
Operação e
energia solar
O ministério
aplicou também R$ 274,1 milhões que asseguraram a operação, gestão e manutenção
das estruturas já em funcionamento.
Para
baratear o custo e viabilizar a água para população, o Governo Federal, em
2019, incluiu o Projeto no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa
Civil. O planejamento é realizar, de forma integrada, o leilão de geração de
energia solar, autorizado pelo presidente Jair Bolsonaro, com a concessão de
operação e manutenção do empreendimento.
Segundo o
ministro Gustavo Canuto, a previsão é economizar cerca de 25%, com a redução do
custo do metro cúbico da adução de água bruta de R$ 0,80 para R$ 0,60.
Em todo o
ano de 2019, o MDR investiu mais de R$ 2 bilhões em obras e ações que vão
garantir a segurança hídrica da população no país.
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