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Abraham Weintraub e Alexandre Lopes fazem balanço sobre o ENEM 2019 (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil) |
O Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem) será, nos próximos anos, “um exame técnico e não
ideológico”, afirmou nesse domingo (10) o ministro da Educação, Abraham
Weintraub. “O objetivo é que seja feita uma seleção justa para todos os
brasileiros”, disse.
O Enem 2019 foi
aplicado no dia 3 e 10 de novembro. Ao todo, cerca de 3,9 milhões de estudantes
de todo o país participaram de pelo menos um dia de prova. Na análise de
especialistas, o exame deste ano foi mais conteudista que de anos anteriores.
“[O estudante]
não vai precisar mais ficar buscando nos manuais de esquerda ou de direita ou
em qualquer lugar que seja, ideologias”, disse. “Como foi para a redação. [O
participante] poderia escrever uma redação de esquerda, de direita ou técnica.
Queremos apenas ver quem sabe elaborar uma boa redação. As questões foram
feitas com esse intuito, selecionar as pessoas mais bem preparadas”. O tema da
redação este ano foi Democratização do acesso ao cinema no Brasil.
Segundo o
presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, as questões deste ano foram todas retiradas
do Banco Nacional de Itens (BNI), e já estavam elaboradas. Para integrar o BNI,
as questões passam por um longo processo de aprovação e testagem.
“Não houve
direcionamento para mais ou menos conteudistas”, disse Lopes. “O que houve foi
a equipe buscando dentro do Banco de Itens uma prova equilibrada, que cobrisse
matrizes do Enem. Para oferecer às universidades um conjunto de alunos com boas
notas, para escolherem os melhores para seus cursos”.
Neste ano, o
Inep criou uma comissão para definir o que não seria usado no Enem 2019. De
acordo com nota técnica publicada pela autarquia, a comissão, criada no dia 20
de março deste ano, deveria “identificar abordagens controversas com teor
ofensivo a segmentos e grupos sociais, símbolos, tradições e costumes
nacionais” e, com base nessa análise, recomendar que tais itens não fossem usados
na montagem do exame deste ano.
A comissão
concluiu o trabalho no começo de abril. No entanto, pelo caráter sigiloso do
BNI, o resultado não foi divulgado. O Inep esclareceu que como a elaboração de
um item é um processo longo e oneroso, nenhum item será descartado. Eles
poderão ser posteriormente adequados.
Agência Brasil
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