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'Zumbilândia: Atire Duas Vezes' (Foto: Reprodução) |
Dez anos separam
o primeiro e o segundo Zumbilândia. A paródia de filmes de zumbi retorna às
telonas com ‘Zumbilândia: Atire Duas Vezes’, dando continuidade ao universo
pós-apocalíptico apresentado em 2009, e chega nesta quinta-feira (24) aos
cinemas da Paraíba. Assista ao trailer abaixo.
O diretor Ruben
Fleischer está de volta, assim como o quarteto original, formado por Woody
Harrelson (Tallahassee), Emma Stone (Wichita), Jesse Eisenberg (Columbus) e
Abigail Breslin (Little Rock). O clima de deboche e autoironia permanece,
começando inclusive pelas peças de divulgação.
Os trailers
exibidos nas sessões de cinema introduzem os atores como nomes premiados ou
indicados a grandes festas da indústria, como o Oscar, dando a impressão de que
se trata de um filme grandioso e sério, até que é revelado ser a continuação de
Zumbilândia.
Depois de 10
anos de apocalipse zumbi, tudo parece um tédio. Eles estão cansados um da cara
do outro e atirar em zumbis se torna uma tarefa cotidiana e praticamente sem
muitos riscos para eles, quase que como matar baratas.
Ao buscar um
lugar para viver, essa “família disfuncional” precisa se refugiar no prédio que
antes era a Casa Branca, o que rende uma sequência de piadas divertidas
satirizando os acontecimentos recentes da nossa realidade.
No entanto, logo
eles precisam abandonar aquele palácio e embarcar uma nova jornada. Little
Rock, a caçula do grupo, decide abandoná-los para viver uma aventura com o
músico pacifista Berkeley (Avan Jogia). O segundo filme continua a brincar com
os clichês, mas não somente das histórias de zumbis, como aponta Natalie Rosa,
do Canal Tech, ao analisar uma das novas personagens, Madison (Zoey Deutch).
“Ela traz todo o
estereótipo dos filmes de comédia adolescente dos anos 2000, como Meninas
Malvadas, por exemplo. Toda de rosa, cabelo loiro bizarramente arrumado para
quem vive em um apocalipse zumbi, sotaque forçado e irritante, além de uma
ingenuidade que, no decorrer do filme, vemos que não deixa a personagem com
menos personalidade”, explica.
Um dos méritos
dessa segunda parte das aventuras é apontado por Felipe Moraes, do site
Metrópoles. Os roteiristas Rhett Reese e Paul Wernick, dos dois Deadpool e do
primeiro Zumbilândia, e Dave Callaham (Mulher-Maravilha 1984) conhecem agora
novas categorias de comedores de cérebro.
“Tem o Homer,
tão tapado quanto o pai de família do desenho Os Simpsons. Hawking, em
referência ao famoso físico, é o oposto: inteligentes e calculistas. Ninjas são
sorrateiros, silenciosos e letais. Mas nada supera T-800, em alusão ao
Schwarzenegger de O Exterminador do Futuro. Para matar esses monstros, só
atirando bem mais do que duas vezes”, pontua em sua crítica.
O filme não avança
tanto em relação ao primeiro, mas entrega bons momentos. “Apesar de jogar no
seguro, (…) diverte ao defender a comédia como último refúgio no apocalipse
zumbi. A boa notícia para Fleischer é que finalmente ele volta ao que faz de
melhor, já que a carreira pós-Zumbilândia jamais deu liga (30 Minutos ou Menos,
Caça aos Gângsteres, Venom)”, aponta Felipe.
Resta saber se
ele repetirá o sucesso do primeiro, que contou com apenas US$ 23 milhões e
acabou faturando o quádruplo do seu custo. Os atores envolvidos também tiveram
uma trajetória interessante entre os dois filmes, como Emma Stone (venceu o
Oscar de Melhor Atriz por LaLaLand) e Jesse Eisenberg, com performances
elogiadas (A Rede Social, na pele do criador do Facebook, Mark Zuckerberg)
produções de prestígio (participou de Café Society, de Woody Allen) e fracassos
(como o Lex Luthor na franquia mais recente de Batman).
Portal Correio
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