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Testes de DNA já o apontaram como autor de 22 dos casos apurados. Foto: PC-GO/Divulgação |
A Polícia Civil de Goiás prendeu Wellington Ribeiro
da Silva, de 52 anos, considerado o maior estuprador em série do Estado de
Goiás. Ele é suspeito de abusar sexualmente de 47 mulheres. Testes de DNA já o
apontaram como autor de 22 dos casos apurados. O suspeito foi apresentado na
sede da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), nesta quinta-feira
(19).
A delegada Ana Paula Machado é uma das integrantes
da força-tarefa que investiga o caso. “Em Goiás, não há nenhum caso parecido
com esse”, disse. Segundo ela, entre os casos, está um ocorrido em 2011, quando
ele teria estuprado uma mulher e a filha dela, de cinco meses. Na época, o
suspeito chegou a ser preso e transferido para o Mato Grosso, seu Estado natal.
Entretanto, alguns meses depois, conseguiu fugir e voltou para Goiás. Foi detido
novamente no último dia 12 de setembro, em Aparecida de Goiânia.
Aos 22 anos, Wellington chefiava uma organização
que cometia assaltos e homicídios. Em uma chacina, ele chegou a matar a
ex-mulher e dois filhos dela. “Ele despreza a mulher, a considera um ser
inferior. Ele filmava as vítimas após o estupro para que elas não denunciassem,
abusou por duas vezes de mães e filhas”, disse o delegado Carlos Leveger que
também integra a força-tarefa.
A operação, batizada de Impius, durou 45 dias
envolvendo mais de 40 pessoas e teve início após a Polícia Técnico-Científica
encontrar o DNA de Wellington em várias vítimas de estupros. Segundo a Polícia
Técnico-Científica, em 2015, foram coletados vestígios de uma vítima de estupro
e inseridos no banco genético Em 2017, foi coletado novo vestígio de outra
vítima que coincidiu com a amostra anterior.
No mesmo ano apareceram outras quatro vítimas
compatíveis. No final de 2018 já somavam nove mulheres e isso chamou a atenção
da polícia. O local mais escolhida por Wellington Ribeiro da Silva para cometer
os crimes era o município de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da
capital Goiânia. Mas há registros de estupro em outras cidades próximas, como
Bela Vista de Goiás, Abadia de Goiás e Hidrolândia.
A abordagem acontecia com o suspeito munido de uma
arma. Em seguida, ele pegava os celulares das vítimas, as colocava na moto e as
estuprava em um local afastado. Para dificultar a identificação, ele não tirava
o capacete e todos os crimes eram cometidos durante a noite ou madrugada,
aproveitando-se da escuridão. Os crimes começaram a ser praticados em 2008 e
Wellington confessou a polícia ter praticado seis abusos. De acordo com a
polícia, o suspeito estava com uma moto roubada e identidade falsa ao ser
abordado. Ele responderá pelos crimes de estupro, roubo, receptação e uso de
documento falso.
Agência
Estado
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